A advogada Júlia Voltolini Caparroz foi presa nesta semana no Porto do Grego, em Santana, Amapá, após uma denúncia anônima. Considerada uma das maiores fraudadoras da Justiça Especial do Estado de São Paulo, ela tinha 14 mandados de prisão em aberto pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso.

A ação foi realizada pela Companhia de Radiopatrulhamento da Polícia Militar, que abordou Júlia no momento em que ela desembarcava de um navio vindo do Pará, acompanhada do marido e de quatro crianças. Sem apresentar documento de identificação, ela alegou ter deixado o material no veículo transportado na embarcação. Já o marido apresentou documentos com indícios de irregularidade e sem validação por QR Code.

Condenada por reter valores de indenizações obtidas em nome de pessoas que nunca a contrataram, Júlia utilizava dados pessoais de terceiros para ingressar com ações de indenização por danos morais contra bancos, operadoras de telefonia e instituições financeiras.

O grupo também prometia “limpar” o nome de pessoas negativadas, induzindo-as a preencher formulários que eram repassados para o esquema criminoso. O valor médio das causas era de R$ 5 mil, e a soma total dos golpes é estimada em montante milionário.

A advogada permanece sob custódia e à disposição da Justiça.